A FORMAÇÃO DO ESTADO
MEXICANO E O PAPEL DA IGREJA CATOLICA
Na metade do século XIX o México sofria um
pouco com a questão das minas e da agricultura, o comercio que se fazia com a
Europa era algumas vezes abalado por diversos fatores. Um dos principais foi às
contendas que existiam entre dois projetos para formação do estado que estava
começando a se construir.
O primeiro projeto era o dos conservadores
que tinham intenções de construir um governo monárquico, e de caráter despótico
para impor o respeito e a autoridade. Eles eram apoiados pela igreja, que era a
principal detentora de terras no México, segundo Maria Lígia prado “[...] das 3
387 casas existentes em 1790, 1 935 pertenciam à igreja [...]” (PRADO 1994,
p.25).
Para o clero Mexicano os conservadores
representavam a permanência de seus poderes, e para isso ela se tornou aliada
do exercito e dos grandes proprietários rurais. Utilizando os fundamentos da
divina providência, que pregava a fé, a tradição e a hierarquia para justificar
os atos e as idéias políticas centralizadoras, e até algumas vezes despóticas
dos conservadoristas.
Os conservadores eram grandes
proprietários rurais e centralizadores, já em contrapartida os liberais era
compostos pelos setores médios urbanos intelectualizados, setores do comércio e
da mineração. Tinham como proposta à laicização da sociedade e do estado, para
eles o poder advinha do povo da sociedade e seus governantes, a igreja
(divindade) ficava bem longe disso.
Para os liberais a terra deveria ser uma
mercadoria e era necessário que todos se transformassem em proprietários
individuais, ou seja, eles defendiam uma reforma agrária. Para isso os presidentes
liberais proporão a expulsão dos últimos espanhóis peninsulares do país, o que
resultou numa revolta por parte dos conservadores que tinham uma camaradagem
com os espanhóis e com a Europa.
O desentendimento entre conservadores e
liberais era tanto que tomou proporções de guerra civil com rebeldia popular e
levantes camponeses, houve um golpe militar do general Santa Anna, que foi
apoiado pelos conservadores em 1834. A política foi centralizada e o voto se
tornou restrito aos cidadãos mais ricos, porém o pior golpe de todos foi em
1848 quando o México perdeu metade do seu território (Texas, Arizona,
Califórnia e Novo México) para os Estados Unidos.
DELIMITAÇÃO DAS FRONTEIRAS COM OS
ESTADOS UNIDOS (EXPANCIONISMO INAQUE E A VITÓRIA DA DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO).
Em 1840 os Estados unidos já era
consolidado como um país de política capitalista-imperialista, e embora os
lideres liberais e democratas brigassem entre si os Estados Unidos vinha
acumulando riquezas com suas expansões territoriais.
Mapa do México politíco
A busca para o Oeste e a oferta de terra
barata se tornou um grande empreendimento, atrelado a isso surgiu à doutrina do
“Destino Manifesto” à qual pregava que o povo Estadunidense eram os escolhidos
de deus para “governar” a América:
“Enquanto norte-americanos descobriam o remoto oeste, pressupostos
românticos intensificavam-lhes a fé sobre a superioridade e destino glorioso de
suas instituições livres. Rapidamente, desenvolveu-se a idéia de que era o “manifesto
destino” dessas instituições espalhar-se por todos os vastos, escassamente
povoados e mal defendidos territórios situados entre o vale do Mississipi e o
Oceano Pacífico.” (SELLERS;MAY;MC,ILLEN, 1990.p.166.)
Desta forma os embates sobre as fronteiras
norte-americanas começaram desde 1820 quando colonos invadiram em grande número
o Texas onde, em 1836 derrotaram o exército mexicano fundando uma república
independente, logo após os Estados Unidos voltou seus olhos para a Califórnia,
pois esta poderia proporcionar ao país uma saída portuária no oeste. Esse,
contudo não era o único interesse dos Estados Unidos, a região cobiçada era e
talvez seja ainda hoje, rico em minérios como o alumínio, o cobre e o ouro.
Assim os Estados Unidos incentivado pelas idéias do “Destino Manifesto” rumaram
para as fronteiras do México, tendo a guerra sido declarada em 13 de maio de
1846, o que na opinião dos Mexicanos foi “a invasão do nosso território e
derramamento de sangue norte-americano em solo norte-americano”.
“A guerra mexicana, quaisquer que tenham sido seus
princípios morais, foi a mais bem-sucedida de todas em que participaram os
norte-americanos. O general Zachary Taylor cruzou o Rio Grande, entrou na zona
central do norte do México e, em Buena Vista em fevereiro de 1847, obteve uma
brilhante vitória contra uma força mexicana superior, comandada pelo general
Santa Anna.” (SELLERS; MAY; MCMILLEN, 1990.p.171).
Com as sucessivas vitórias estadunidenses
os mexicanos recuaram e buscaram um meio de findar a guerra, assinando em
Fevereiro de 1848 o tratado de Guadalupe Hidalgo. Neste tratado o México cedia
aos Estados Unidos, o Novo México, Arizona, Texas e a Califórnia, sendo que os
Estados Unidos pagaria uma indenização ao México de 15 milhões de dólares.
Desta forma os Estados Unidos deu mais um passo para a sua consolidação como
potência imperialista.
ASPECTOS
DA GEOGRAFIA DA AMÉRICA CENTRAL
Durante o
inicio do século XIX a América Central compunha-se de 5 países ( Honduras, El
Salvador, Guatemala, Nicarágua e Costa Rica). Sendo que nestes a sociedade eram
compostas por etnias semelhantes ao da América latina, como aponta Leon Pomer:
“No final do período colonial calculava-se que 65% da população era constituída
por índios, 31% por landinos mestiços e 4% por brancos, espanhóis e seus
descendentes nativos.” (POMER, 1999. P.26).
A economia
advinha do latifúndio agropecuário e agroindústrial (canavial e etc.). O anil
era o produto de grande exportação atrelado a isso existiam os Obrajes, que eram uma espécie de
oficinas artesanais onde se fabricava tecidos, roupas entre outras coisas. O
que segundo Pomer gerava “nas cidades uma massa de pequenos comerciantes e uma
minoria muito exígua de poderosos mercadores” (POMER, 1999. P. 27).
A América
Central possui, e possui até hoje, uma grande região portuária, pois seus
litorais dão evasão tanto para o leste como o oeste. Uma característica
geográfica da América Central é a cadeia de montanhas escarpadas que se estende
por toda a região, existe também os vulcões que de quando em vez causa
desastres naturais, o fato da América central se encontrar cercada por água as
enchentes são constantes assim como furacões. No entanto a região da América
central possui grandes riquezas naturais
valiosos como, o níquel, minério de ferro, peixe, madeira e óleo.
REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
SELLERS, Charles; Henry May; Neil R.
Mcmillen. Uma reavaliação da
História dos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
PRADO, Maria Ligia. A formação das nações latino-americanas.
São Paulo: Atual, 1994. P.23-37.
POMER, Leon. As independências na América Latina. São Paulo: Brasiliense, 1999.
agora tem comentario bjs de luz
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