A independência da América Inglesa
As colônias inglesas da América do Norte tinham sido fundadas principalmente por imigrantes ingleses fugidos às perseguições religiosas e políticas. O território das 13 colônias inglesas, na costa atlântica, porém, organizou-se de maneira diferenciada. Na região centro e norte predominaram as pequenas e médias propriedades que usavam mão-de-obra livre, voltadas para a produção de itens iguais aos que se produziam na Europa, típicos das áreas temperadas, que não atraíam interesse explorador da Inglaterra (colônias de povoamento). Ao contrário, no sul, (colônias de exploração) desenvolveu-se a agricultura de produtos tropicais, realizada em latifúndios escravistas, voltada para o mercado externo.
A luta pela independência das 13 colônias inglesas da América do Norte inseriu-se no quadro de crise do Antigo Regime. A Guerra dos Sete Anos, entre França e Inglaterra, veio a aumentar as tensões entre a metrópole e as colônias. Apesar de ter vencido o conflito, a Inglaterra tentou reequilibrar suas finanças adotando uma política tarifária sobre suas colônias do norte da América. Em 1764 o Parlamento inglês aprovou a Lei do Açúcar, que taxava pesadamente esse produto importado das Antilhas pelos colonos. Pouco depois, em 1765, a Inglaterra instituiu a Lei do Selo, segundo a qual todos os documentos, livros, jornais e até baralhos teriam que ter um selo comprado da metrópole. Mais tarde, em 1773, a Inglaterra lançou um imposto sobre o chá (Lei do Chá), produto importado e muito consumido pelos colonos.
Representantes das colônias americanas, reagindo às determinações inglesas, reuniram-se no Congresso de Filadélfia (1774), exigindo o fim das Leis Intoleráveis, como foram chamadas as taxações e sanções determinadas pelo governo inglês. Pouco a pouco as relações americanas e inglesas ficavam cada vez mais difíceis. Como o governo inglês não cedeu às exigências das colônias, organizou-se o Segundo Congresso da Filadélfia, no qual se decidiu aprovar a Declaração de Independência das 13 colônias. George Washington foi nomeado comandante das tropas norte-americanas nas lutas que se seguiram.
A luta pela libertação das colônias inglesas seguiu até 1783, quando, com ajuda francesa e espanhola, fez-se vitoriosa. Em 1783 a Inglaterra reconheceu a independência dos Estados Unidos da América. Após a independência foi elaborada a Constituição dos Estados Unidos (1787) que estabeleceu o regime republicano, combinando propostas presidencialistas e federalistas. A independência das colônias inglesas da América e a formação dos Estados Unidos serviram como estímulo à emancipação das colônias da América Latina.
As influências da Independência: A revolução francesa
O processo da Revolução Francesa foi tão intenso que seu resultado favoreceu a classe que lutava por direitos mais humanos, seu fim estabeleceu a Idade Contemporânea e acabou com o regime de servidão feudal. Um lema que ficou muito conhecido na França e é lembrado pelo mundo todo sempre que esse tema entra em pauta é: Liberté, Egalité, Fraternité, que em português quer dizer Liberdade, Igualdade e Fraternidade, por Jean-Jacques Rousseau. Depois dessa alteração no quadro social da França muitos regimes passaram por ali, o povo francês passou por ditadura, repúblicas, impérios e monarquia e nos dias atuais caminha, pelo menos, por uma trilha menos perversa. Muitos morreram, mas os sobreviventes e as gerações que vieram posteriormente puderem ver uma França totalmente diferente, transformada em um lugar um tanto melhor para se viver.
Logo a revolução francesa influênciou no processo de independência dos EUA, apartir do momento em que permitiou aos colonos o direito de lutar e se rebelar contra o poder do absolutismo monarquico que os próprios revoltosos da revoluçaõ de 1789 fizeram na França.
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